ANAIS CIOPAR - Vol. 3 - 2017 - ISSN: 2237-9231


Título: RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR APÓS REMOÇÃO DE OSTEOMA PERIFÉRICO EXTENSO: RELATO DE CASO
Área: DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR E DOR OROFACIALENDODONTIAENDODONTIA
Autores: TALINE IZABELA BENINI DE LIMA (UNIOESTE); NATASHA MAGRO ÉRNICA (UNIOESTE); ELEONOR ÁLVARO GARBIN JUNIOR (UNIOESTE); GERALDO LUIZ GRIZA (UNIOESTE); ROSANA DA SILVA BERTICELLI (UNIOESTE); GUILHERME GENEHR FRITSCHER (PUC-RS); CLAITON HEITZ (PUC-RS); RICARDO AUGUSTO CONCI (UNIOESTE)

Resumo:

Osteomas são neoplasias benignas osteogênicas caracterizadas por proliferação de osso maduro, crescimento lento e etiologia desconhecida, possuindo três variantes: central, periférico e extraesquelético. Osteomas periféricos têm sua origem no periósteo e raramente acometem os maxilares. Clinicamente são, geralmente, assintomáticos, mas dependendo da localização e tamanho podem causar inchaço, dor, desconfiguração estética e comprometimento funcional. Este trabalho descreve o caso de uma paciente do gênero feminino, leucoderma, 49 anos, que apresentou aumento de volume representativo da hemi-face direita, correspondente à região temporomandibular, endurecido à palpação e indolor, associado à limitação da abertura bucal, com evolução de 2 anos. Na tomografia computadorizada foi possível observar uma lesão circunscrita que envolvia o arco zigomático, porção petrosa do temporal, se estendendo até a mandíbula, de modo a comprometer o côndilo e o ramo ascendente. Uma angiografia e modelo sinterizado foram utilizados para determinar os limites da lesão e para planejar sua remoção cirúrgica, com o objetivo de preservar as estruturas vasculares adjacentes. Foram utilizados os acessos pré-auricular e submandibular. Em seguida a cavidade glenóide foi reconstruída durante a remoção da lesão e uma porção do músculo temporal foi utilizada para a sua proteção, enquanto o côndilo foi reconstruído com cimento ósseo radiopaco associado à placa de reconstrução. Os fragmentos removidos foram submetidos ao exame anatomopatológico, que confirmou osteoma periférico. Após 6 meses observou-se o restabelecimento funcional e estético da paciente, bom posicionamento da placa de reconstrução e ausência de sinais de recidiva.



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