Resumo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar os métodos visual e radiográfico para o diagnóstico de cárie oclusal em molares permanentes e validar os resultados com exame histológico. Cinquenta molares humanos extraídos considerados aparentemente sadios foram selecionados para o estudo. O exame visual (VI) foi realizado sob a iluminação de refletor odontológico por dois examinadores (E1 e E2) independentes previamente calibrados que classificaram em cárie presente ou ausente. Os mesmos dentes foram radiografados (RX) e analisados em negatoscópio e classificados com escores de 0 a 3 de acordo com a extensão da cárie. Os dentes foram seccionados com disco diamantado de modo a obter 2 a 4 fatias para a análise histológica em estereomicroscópio (HI), utilizando os mesmos escores. A reprodutibilidade entre examinadores para os métodos foi analisada por meio dos testes de Qui-Quadrado, Kappa e U de Mann-Whitney. A sensibilidade e a especificidade dos métodos VI e RX foi analisada após a dicotomização dos dados comparando com o método HI (α=5%). A concordância entre E1 e E2 foi de 0,65 para VI, 0,95 para RX e HI. Não foram encontradas diferenças significantes entre os métodos RX e HI, independente dos examinadores (p=0,56). A sensibilidade e a especificidade foram: VI/E1=29,79 e 100; VI/E2=25,53 e 100; RX/E1 e RX/E2=76,60 e 0,00.
A reprodutibilidade dos métodos entre examinadores foi maior em RX e HI. O método VI apresentou menor sensibilidade do que RX quando comparado a HI para o diagnóstico de cárie oclusal em molares permanentes. |