Resumo: Idosos em uso de anti-hipertensivos tem como queixa constante a sensação de boca seca, efeito secundário de alguns medicamentos. A xerostomia pode desencadear sérias alterações bucais, como o aumento da incidência de cárie, doença periodontal, alteração do paladar e a candidose oral. Objetivo: correlacionar os fatores associados ao uso de medicamentos anti-hipertensivos, em idosos cardiopatas com queixa constante de sensação de boca seca. Delineamento: Trata-se de uma Revisão de literatura. Foram incluídos 12 artigos em português, 10 artigos de periódicos e 2 livros. As principais classes de anti-hipertensivos encontrados foram: Diuréticos – Inibidores adrenérgicos de ação central – agonistas alfa 2 centrais; Beta bloqueadores – bloqueadores beta-adrenérgicos; Vasodilatadores diretos; Bloqueadores de canal de cálcio; Inibidores da enzima conversora da angiotensina e os Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II; O mecanismo de ação anti-hipertensiva dos diuréticos tem relação com seus efeitos diuréticos e natriuréticos, diminuindo o volume extracelular. São drogas anticolinérgicas e antimuscarínica, agem nos receptores muscarínicos, bloqueando as ações da acetilcolina, nos receptores muscarínicos, levando a reações adversas em geral, entre elas a hipossalivação. Conclusões: O envelhecimento acarreta algumas alterações estruturais nas glândulas salivares, o que pode ocasionar numa diminuição do fluxo salivar. Associado a isto o envelhecimento acelerado, e o uso de certos medicamentos como os anti-hipertensivos podem causar ou agravar a xerostomia. Desta forma, aponta-se para a necessidade de uma visão multiprofissional na orientação sobre cuidados paliativos ou abordagens terapêuticas na prevenção e promoção bucal em pacientes hipertensos com xerostomia, visando à melhoria na qualidade de vida. |