Resumo: O tratamento endodôntico é realizado em etapas técnicas sequenciais: acesso aos canais radiculares, modelagem e preenchimento com material obturador, que visa alcançar o sucesso clínico e biológico. Os materiais obturadores devem possibilitar o selamento apical, e um dos pontos críticos nessa etapa é a manipulação dos cimentos, realizada pelo cirurgião-dentista e assim passível de erros.
O escoamento do cimento confere capacidade de penetração nas irregularidades da dentina, e é um fator muito importante na obturação de canais laterais e acessórios. Já a radiopacidade permite observar radiograficamente o preenchimento do canal radicular pelo material obturador, e é imprescindível para a verificação do sucesso ou insucesso do tratamento endodôntico.
Um dos fatores que alteram a qualidade de escoamento e radiopacidade do cimento endodôntico é a proporção pó/resina utilizada no momento da manipulação.
Avaliou-se comparativamente, em testes de acordo com a especificação n.º 57 da American Dental Association, a influência da proporção pó/resina do cimento endodôntico Sealer 26 (Dentsply Maillefer, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil), nas proporções de 2:1 e 3:1 e temperatura de manipulação, sugeridas pelo fabricante, sobre as capacidades de escoamento. As amostras foram comparadas entre si em percentual sobre o grau de radiopacidade atingido. Os resultados dos testes mostraram escoamento maior para o grupo de amostra de cimento em proporção 2:1 manipulado em placa de vidro aquecida, com discos de 175mm no seu maior diâmetro. Quanto à radiopacidade, a amostra de cimento em proporção 3:1 preparada em placa de vidro aquecida demonstrou maior radiopacidade, em percentual de 65%
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