Resumo:

Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de diagnóstico tardio de Hipomineralização Molar Incisivo (HMI), em paciente do gênero feminino com 22anos que procurou a clínica odontológica da UNIUV queixando-se de sensibilidade estrema em dente inferior posterior. Ao exame clinico observou-se o dente 36 com ausência de esmalte coronário, dente 46 perdido, incisivos superiores e inferiores com manchas brancas hipomineralizadas mesmo após a realização de clareamento dental caseiro e radiograficamente o dente 36 apresenta câmera pulpar e canais radiculares atrésicos. A paciente relatou a perda do dente 46 aos 9/10anos de idade, que este doía ao extremo ao comer doces e gelados, e que a cor e formato eram semelhantes ao apresentado pelo dente 36; e a realização de clareamento dental caseiro aos 17 anos de idade em razão da insatisfação estética com as manchas brancas presentes nos incisivos, chegando-se assim ao diagnostico de HMI. Sendo esta hipomineralização classificada de origem sistêmica do esmalte dentário de primeiros molares permanentes, podendo acometer os incisivos permanentes. A conduta clínica escolhida para o dente 36 foi a realização de tratamento endodôntico e restauração indireta em resina composta, para os dentes anteriores foi realizado microabrasão do esmalte, e para tratamento da sensibilidade dentinária foi realizado aplicação de verniz de flúor por 4 semanas e prescrição de bochecho de fluoreto de sódio 0,5%. A paciente relata satisfação estética e redução da sensibilidade dentinária, que ocorre apenas com alimentos gelados (sorvete), demostrando assim o sucesso do tratamento realizado.