Resumo: A identificação humana é uma das etapas importantes das ciências forenses no papel de prestar esclarecimentos à justiça. Este estudo objetivou pesquisar impressões labiais e digitais latentes com o emprego de dois reveladores. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), CAAE: 56938016.0.0000.0104. Foram selecionados 60 acadêmicos de Odontologia da UEM. Destes, 50 pessoas tiveram seus dados dactiloscópicos e queiloscópicos registrados em papel. Um subgrupo de 40 participantes teve a demarcação de impressões digitais e labiais latentes em uma superfície de vidro. Foram testadas duas substâncias para a revelação das impressões latentes, o pó volcano e o pó carvão/tonner. Após a revelação, as impressões foram levantadas, catalogadas, fotografadas e analisadas morfologicamente. Os resultados mostraram que a revelação com pó volcano foi ineficaz, enquanto o pó carvão/tonner revelou parcialmente as impressões. As análises foram realizadas em etapas, sendo 10 (25%) impressões labiais e 14 (17,5%) impressões digitais excluídas por falta de pigmentação das estruturas. As impressões digitais tiveram maior número de identificações em relação às impressões labiais, tanto positivas, 2 (5,5%), quanto parciais, 23 (63,8%). As impressões labiais tiveram um número maior de “identificação negativa”, 17 (56,6%). Concluindo, os reveladores e métodos utilizados nesta pesquisa não foram suficientes para identificar todos os suspeitos e atestar a queiloscopia como um método primário de identificação. A análise das impressões digitais não foi eficaz para identificar todos os indivíduos. Diferentes materiais e metodologias precisam ser pesquisados para a identificação de impressões latentes. |