Resumo: A frequência de escovação dentária diária de pré-escolares e seus fatores clínicos e socioeconômicos, bem como a percepção dos pais sobre a saúde bucal da criança, foi o objetivo desse estudo transversal analítico. A amostra englobou 376 pré-escolares, matriculados em escolas municipais de Campo Magro, Paraná, e seus pais ou responsáveis. A condição bucal das crianças foi avaliada por duas examinadoras (Kappa>0,8) utilizando o índice ceo-d, e outras informações foram coletadas através de um questionário. A frequência diária de escovação dentária não apresentou associação significante com a experiência de cárie (P=0.922), porém a sua menor regularidade foi associada à pior percepção dos pais sobre a saúde bucal da criança (P=0.042), pior autopercepção em saúde bucal dos pais (P=0.011) e procura pelo último atendimento odontológico dos pais por motivo de dor (P=0.036). Pré-escolares filhos de pais com autopercepção ruim de sua saúde bucal e que relataram piores condições de saúde bucal de seus filhos, apresentaram baixa frequência diária de escovação dentária. Conclui-se que a participação do núcleo familiar na abordagem educativa e preventiva de pacientes odontopediátricos é de fundamental importância para redefinir práticas de escovação dentária. |