Resumo: Diagnóstico: Paciente masculino, 52 anos, compareceu a clinica de odontologia da Unicesumar para tratamento endodôntico do dente 12. Ao exame clínico foi diagnosticada necrose pulpar com lesão periapical extensa, de aproximadamente 10mm de extensão. Tratamento: Foi realizada abertura coronária, instrumentação completa do canal radicular, com comprimento de trabalho de 24mm e lima memória #50. Com a espiral lentulo, foi introduzida pasta de hidróxido de cálcio com propilenoglicol e paramonoclorofenol canforado (PMCC) e realizado selamento duplo com Coltosol® e IRM®. Após 30 dias, o paciente retornou com fístula proveniente do mesmo dente, confirmada pelo rastreamento com cone de guta-percha. Assim, foram realizadas duas trocas de medicação intracanal a cada 30 dias cada, totalizando 60 dias. Após esse período, o conduto apresentava-se completamente seco e sem fístula, possibilitando a obturação, com cones de guta percha e cimento Endofill®. Após 4 meses, o paciente retornou relatando o reaparecimento da fístula. Devido a isso, optou-se pela cirurgia paraendodôntica como tratamento, na qual foi realizada a enucleação da lesão periapical, apicectomia, retro-preparo e retro-obturação com MTA-HP. A peça foi encaminhada para o exame Anátomo Patológico, cujo diagnóstico foi granuloma. Conclusão: pode-se concluir que mesmo com todos os esforços realizados durante o tratamento endodôntico no sentido de descontaminar o sistema de canais radiculares, em alguns casos isso não é possível, permitindo o estabelecimento de uma lesão periapical persistente, caracterizando insucesso endodôntico. Nesses casos a cirurgia paraendodôntica apresenta-se como alternativa de tratamento, garantindo a permanência funcional do dente na cavidade bucal. |