ANAIS CIOPAR - Vol. 3 - 2017 - ISSN: 2237-9231


Título: O AGRAVO DA INFECÇÃO POR ZIKA VÍRUS: UM ESTUDO DE CASO EM UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO
Área: DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR E DOR OROFACIALFARMACOLOGIA0
Autores: ANA LÍDIA SOARES COTA (UNIT/AL); CAMYLA NATHALIA FIGUEIREDO RODRIGUES (UNIT/AL); EMILY FEITOSA REGO (UNIT/AL); LORENA SAMPAIO ALMEIDA (UNIT/AL); DIEGO FREITAS RODRIGUES (UNIT/AL)

Resumo:

Desde o segundo semestre de 2014, o Zika vírus (ZIKAV) circula em território brasileiro e tem sido descrito como causa de uma doença febril aguda e autolimitada e a uma possível associação com a incidência de microcefalia em recém-nascidos. Essa hipótese foi destacada após o aumento abrupto nos casos de microcefalia, particularmente em alguns estados do Nordeste, a partir de outubro de 2015. Desde então, ao todo, o Ministério da Saúde recebeu 14.144 notificações de casos suspeitos de microcefalia, dos quais 2.844 foram confirmados. O objetivo do presente trabalho é relatar como se deu a propagação da microcefalia em um estado do nordeste brasileiro e assim obter subsídios que auxiliem o planejamento e implantação de estratégias preventivas direcionadas. Para isso, foi realizado um perfil epidemiológico dos casos de microcefalia no estado de Alagoas de acordo com os boletins epidemiológicos lançados pelo Ministério da Saúde. Considerando os dados obtidos, Alagoas apresentou 90 casos de microcefalia confirmados entre 2015 e 2016 e somente 2 no corrente ano. Adicionalmente, 15 óbitos em recém-nascidos têm sido investigados como possivelmente relacionados à infecção pelo ZIKAV. Com base no exposto, percebe-se a necessidade de estudos contínuos sobre o tema, pois mesmo que o período de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional tenha sido revogado, os casos de microcefalia continuam sendo registrados e, em virtude das sequelas do agravo, os indivíduos afetados carecem de atenção médica e odontológica precoce e apoio psicossocial.



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